A consolidação de seu poder foi cruel. Na Páscoa de 1456, Tepes convidou a aristocracia da região para jantar com ele. Depois da refeição, ele matou os idosos e os mais fracos e marchou 50 milhas junto aos demais convidados a um castelo dilapidado, do qual se apossou. Ali fez a nobreza trabalhar pesado para restaurar o castelo. A maioria morreu vítima de maus tratos e de exaustão; os que sobreviveram foram empalados vivos em estacas fora do castelo onde as restaurações haviam sido concluídas.
O pai de Vlad, Vlad Dracul, governou Wallachia de 1436 a 1442, foi destituído por seus compatriotas e retomou o trono de 1443 a 1446. Vlad Tepes ocupou a mesma posição de 1456 a 1462 . Quando se iniciou na Ordem do Dragão, organização secreta dos cavaleiros cristãos, ele assumiu o nome "Drácula" que seria substituído pelo apelido "Tepes" por quem o temia e o odiava.
As ideologias sociais de Vlad Dracul eram contraditórias. Vlad queria ser lembrado como um santo e chegou a matar um monge católico que negou que ele seria canonizado . Seu comportamento jamais poderia ser comparado ao de um santo. Vendo a destituição como um castigo a seu domínio, Tepes convidou seus pobres súditos para jantar com ele. No fim do jantar, ele trancou a porta da sala e seus guardas atearam fogo no local, matando os que estavam dentro do recinto.
Seus inimigos estrangeiros sofreram punições semelhantes (senão piores) a de seus súditos. Durante quatro anos, Tepes e seu irmão mais novo foram aprisionados pelos turcos quando o pai os havia enviado ao tributo do sulto Mehmet. Para os turcos, o pai de Tepes tinha se tornado um líder fantoche da Wallachia e seus filhos foram aprisionados para garantir a contínua lealdade do pai deles . Esperava-se que Tepes agisse como seu pai, mas, em vez de manter a submissão aos turcos, ele resolveu combatê-los.
Quando se tornou príncipe em 1456, Tepes deu passos largos em direção à independência da Romênia. Ele promoveu uma guerra biológica ao enviar súditos disfarçados de turcos com doenças infecciosas para viver entre os militares nos campos. Quando eles invadiram a capital de Wallachia, Tirgoviste, os turcos que sobreviveram encontraram uma floresta (com dimensão entre 800 metros a 3 quilômetros) feita inteiramente de corpos de prisioneiros capturados e empalados em estacas. Os invasores partiram rapidamente.
A empalação, método de execução muito usado por Tepes, era uma forma extremamente dolorosa de morrer. Tepes se certificava de causar o máximo de dor quando empalava suas vítimas ao arredondar as extremidades das estacas para reduzir o corte. Estacas eram inseridas no ânus da vítima e empurradas para a outra extremidade até sair pela boca. Depois disso, as vítimas empaladas eram içadas verticalmente e deixadas em agonia - algumas vezes dias a fio.
O velho vampiro no romance de Stoker precisava de sangue para continuar vivo; Tepes derramou sangue para dar vida longa a seus objetivos. Segundo algumas estimativas, o número de vítimas chegou a 40 mil. Vale destacar que alimento e morte eram muito entrelaçados na vida de Tepes. Ele freqüentemente jantava com seus convidados antes de matá-los e ficou conhecido por fazer refeições ao ar livre no meio de pessoas mortas ou agonizantes.
Por que sangue é um símbolo de vitalidade e poder na ficção? Descubra o simbolismo do sangue na próxima postagem...
site original : http://pessoas.hsw.uol.com.br/conde-dracula1.htm
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